Em pleno B-R-Ó BRÓ, o período mais quente do ano, a cidade de Pedro II está novamente sem água, agravando ainda mais a crise de desabastecimento que afeta a população. Desde a última sexta-feira (11), o fornecimento foi interrompido, em praticamente toda a cidade, devido a uma “bomba queimada”, conforme informado pela Agespisa (Águas e Esgotos do Piauí S.A.). A empresa prevê que o problema seja resolvido hoje (12), com a substituição do equipamento, que está sendo trazido de Piracuruca.
A recorrência dessas falhas no abastecimento tem gerado revolta entre os moradores, que enfrentam a escassez de água em um momento de temperaturas extremas. “A gente fica dias sem água, justo quando mais precisamos. Isso é um desrespeito com a população, e o talão nunca falta”, criticou um morador. A falta de soluções permanentes por parte da Agespisa só aumenta a insatisfação.
O maior alerta para o estado é o de baixa umidade do ar, que deve atingir 213 municípios do Piauí. A umidade relativa do ar deve variar entre 30% e 20%, e a recomendação é que a população beba bastante líquido, evite desgaste físico nas horas mais secas e a exposição ao sol nas horas mais quentes.
Apesar do comunicado oficial da Agespisa informando que equipes estão trabalhando desde sexta-feira (11) na substituição da bomba do sistema de captação de água no Açude Joana, os moradores continuam sem abastecimento. “O abastecimento será normalizado gradualmente após a conclusão dos trabalhos”, disse a empresa, sem especificar um prazo claro.
Além do desabastecimento, outro problema tem afetado a rotina dos funcionários terceirizados que prestam serviço para a Agespisa: o atraso nos salários e vales alimentação. Um trabalhador, que preferiu não ser identificado, revelou que ele e seus colegas estão sem pagamento e sem qualquer previsão de recebê-lo. “Nós trabalhamos dia e noite para garantir o serviço, mas a empresa não valoriza. Estamos sem receber e sem respostas”, desabafou o funcionário.
A Agespisa, que é vinculada ao governo do estado, tem sido alvo de críticas tanto pela má gestão no abastecimento quanto pelo descaso com os trabalhadores. Enquanto a população de Pedro II sofre com a falta de água, os terceirizados enfrentam a incerteza de quando receberão seus salários, criando um cenário de descontentamento generalizado na cidade.