Domingo, 15 de Setembro de 2024
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Geral Envenenamento

Menino de 7 anos morre após ingerir caju envenenado por vizinha em Parnaíba; irmão de 8 anos permanece internado

A principal suspeita é uma vizinha das vítimas, que teve a prisão preventiva decretada.

28/08/2024 às 16h34 Atualizada em 28/08/2024 às 16h51
Por: Gustavo Mesquita Fonte: G1 Piauí
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Menino de 7 anos morre após ingerir caju envenenado por vizinha em Parnaíba; irmão de 8 anos permanece internado

 

Duas crianças foram envenenadas na última sexta-feira (23) em Parnaíba. João Miguel da Silva, de 7 anos, foi transferido para o Hospital de Urgência de Teresina, mas, infelizmente, não resistiu e faleceu nesta quarta-feira (28). Seu irmão, de 8 anos, também afetado pelo envenenamento, permanece internado em estado grave. A principal suspeita, Lucélia Maria da Conceição Silva, de 52 anos, vizinha das vítimas, foi presa e teve a prisão preventiva decretada.

A mãe das crianças, Francisca, relatou que, na sexta-feira, o filho mais velho chegou em casa com um saco de cajus, que teriam sido oferecidos por uma vizinha. Pouco depois de consumirem os cajus, os meninos começaram a passar mal. Eles apresentaram sintomas de envenenamento, como tontura, palidez, língua escura, baba e vômito, sendo levados ao Hospital Nossa Senhora de Fátima, em Parnaíba. Devido à gravidade do caso, foram transferidos para Teresina por uma aeronave do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu).

O Hospital Estadual Dirceu Arcoverde (Heda) informou que exames foram realizados para identificar a substância causadora do envenenamento, mas os resultados ainda não estão disponíveis. A Polícia Civil informou que Lucélia Maria, a principal suspeita, negou as acusações, mas apontou o local onde estavam envoltórios de uma substância que aparenta ser estricnina, também conhecida como "chumbinho", um veneno altamente tóxico. Ela alegou que usava a substância para matar ratos. Tanto o veneno quanto uma sacola com cajus foram apreendidos e encaminhados para perícia no Instituto de Criminalística.

Na decisão judicial que converteu a prisão de Lucélia de flagrante para preventiva, o juiz Marcos Antonio Moura Mendes destacou evidências como a presença de veneno na casa da suspeita, um cajueiro em frutificação no quintal e relatos de um histórico de agressões a crianças. Testemunhas afirmaram que Lucélia frequentemente tinha conflitos com a vizinhança e que animais na área apareciam mortos, supostamente por envenenamento. Após a prisão de Lucélia, sua casa foi incendiada por vizinhos revoltados.

A Polícia Civil continua investigando o caso para esclarecer os detalhes do envenenamento e confirmar a culpabilidade da suspeita. Lucélia está detida na Penitenciária Mista da cidade.

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