O Açude Joana, principal reservatório de Pedro II, chega ao B-R-Ó BRÓ de 2025 — período mais quente e seco do ano no sertão nordestino, especialmente no Piauí, que ocorre entre setembro e dezembro — com o pior nível registrado nos últimos sete anos. De acordo com dados coletados neste domingo (24), o manancial está com apenas 32,43% da capacidade, bem abaixo dos 52,20% registrados na mesma data em 2024.
A situação é mais crítica do que em todos os anos desde 2018, quando o reservatório chegou a 8,72%. Nos anos seguintes, os níveis foram: 2019 — 47,33%; 2020 — 71,51%; 2021 — 50,98%; 2022 — 50,23%; e 2023 — 53,61%. Desde então, o volume tem apresentado queda progressiva, agravada por problemas estruturais.
Segundo a Agência Nacional de Águas (ANA), o Açude Joana vem perdendo entre 5% e 6% de seu volume a cada mês. Caso o ritmo se mantenha, a previsão é que, até o fim do B-R-Ó BRÓ, em dezembro, o reservatório chegue próximo de 10% da capacidade, nível considerado “morto”.
Construído na década de 1990, o Açude Joana tem capacidade total de 10,76 milhões de metros cúbicos. Desde a inauguração, atingiu o volume máximo apenas uma vez, em 2009. Desde então, as oscilações têm sido cada vez mais preocupantes. Um vazamento crônico, identificado há anos e nunca foi reparado, contribui para a perda constante de água, mesmo em períodos de chuva.
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