Dizemos que algo é seminal quando esse algo é como uma semente, isto é, é a primeira de uma possível série de coisas semelhantes a ela.
O livro “80 Anos da História Política Municipal de Pedro II”, do poeta cordelista pedro-segundense Chaguinha Gomes é mais que um livro de cordel. É um livro seminal. Trata-se de um verdadeiro livro de História da política pedro-segundense.
Ao longo de sua leitura o leitor/a leitora começa a ter contato com os meandros do metiê dos prefeitos intendentes de 1931 a 1948. Benedito Passos de Carvalho, Juseuíno Dionísio de Sousa, Joaquim Nogueira Lima, dentre vários outros (nove ao todo).
Depois há o metiê dos prefeitos e vereadores eleitos pelo povo de Pedro II entre 1948 e 2008. Então é que o/a leitor/a compreende que são, sim oitenta anos de vida política da Terra da Opala: 1931 a 2011.
Além disso o livro contém as fotografias em 3x4 de todos os vereadores e prefeitos sobre os quais o poeta fala.
Chaguinha Gomes, nascido em 1950, é autor também de outros livros: “Após 22 anos de derrota, um orgulho pela vitória”, “A História do seu Passado escrita pra vocês é a arma da vitória agora em 96”, “Quem foi Nogueira”, “A Verdadeira História do Garimpo da Opala de Pedro II”, “A História do Cruel Assassinato de Luís e Edgard Gomes”, dentro outros.
Além de cordelista, esse poeta também compõe jingles políticos e canções populares. Alguns de seus jingles políticos fizeram sucesso cantado pela boca da criançada nos idos de 1980 e 1990.
Profissional de motores, Chaguinha Gomes é acadêmico da APLA – Academia Pedro-segundense de Letras e Artes, participa de saraus pela cidade de Pedro II, é respeitado por sua poesia e cada vez mais lido por jovens e adolescentes.
O livro de Chaguinha possui 231 páginas, contém fotos, em segunda edição de 2011 pela gráfica Print Art. Trascreverei duas ou três estrofes:
“Pedro II, minha cidade
Terra boa onde nasci
Encanto dos visitantes
Suíça do Piauí
É primeira maravilha
A tua opala que brilha
Faz feliz quem vive aqui” (p.5)
“Alvimar em seu governo
Queria mesmo trabalhar
Pediu para o Wellington Dias
Mandar recursos pra cá
Foi depressa para a frente
Paes Landim e João Vicente
Ajudarem a alocar”. (p.214)
“E logo ale ele falou
O vice é Chagas Galvão
Ele tem a família grande
Garante a votação
E política é um segredo
Devemos enfrentar sem medo
Estou pronto pra votação”. (p.143)
Em recupeação de uma esquemia, o poeta e eu estamos componho o “Hino da APLA”.
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