Antes de tudo, gostaria de agradecer a todos e a todas pela calorosa acolhida devido à minha participação a partir de agora nesse importante, conceituado e idôneo veículo de comunicação que é o Portal P2.
Há tempos que o professor Cleber Araújo e eu vimos mantendo contato nesse sentido, mas devido às nossas agendas apertadas, só agora foi possível concretizar essa parceria desejada por ambas as partes.
Em um tempo em que a comunicação tornou-se uma mercadoria de primeira necessidade, num mundo cada vez mais integrado e no qual a informação é moeda corrente, a importância de comunicar e comunicar bem está atrelada à credibilidade, sobretudo, daquele ou daquela que comunica. E isso o Portal P2 tem de sobra.
Numa sociedade plural e democrática o ‘fato’ é soberano e compete aos profissionais da comunicação relatá-lo com o máximo de fidelidade possível. Mesmo porque, em contrário, o veículo e seus participantes cairão em descrédito.
Isso não significa que quem faz comunicação deva agradar a todo mundo. O principal fiador dos meios de comunicação deve ser o povo. Claro está também que quem comunica está sujeito(a) ao erro, o que não o(a) impede de se retratar. Humildade é fundamental para quem lida com informação. Ninguém é dono da verdade.
A verdade é algo que deve ser sempre perseguido, sem jamais poder tê-la plenamente. O importante é a busca.
Pessoalmente já tive inúmeras experiências em trabalhar como colunista em vários meios de comunicação, desde o Jornal O Dia, Meio Norte (formato impresso), em Teresina (colaborando com inúmeros artigos), na FM Matões de Pedro II(onde fui o redator do Jornal da Matões), na antiga FM Cruzeiro na qual nossos artigos eram lidos pelo competente Silva Lopes.
Em jornais locais, fiz parte do Jornal O Imperador, fundado pelo saudoso Raimundo Uchôa, do Jornal O Gritador, do também saudoso professor Genuíno Sales e do Sarau/Jornal de poesia do Doutor e poeta João Carvalho. E o que falar do icônico JornalEco (com os colegas Dr. Franklin Dane e professora Ivanilda Amaral na alvorada do terceiro milênio!), dentre outros.
Durante décadas, no tempo das cartas pelos correios, participei intensamente com textos em prosa e verso de diversas publicações do sudeste/sul do país, além de outras situadas no estado do Piauí, claro. Venci inúmeros concursos de poesia e prosa, cuja premiação vinha pelos correios também. Paralelamente dei prosseguimento a meus estudos acadêmicos.
Também fui um assíduo colaborador dos jornais do curso de Letras da UFPI nos anos 1980, assim como da AUP - Associação dos Universitários e universitárias de Pedro II -, sem esquecer também de que, como professor, sempre produzi com meus alunos e alunas jornaizinhos escolares.
Na década de 1990, com o aparecimento dos blogs criei o https://cruvianadepedroii.blogspot.com/, ainda ativo. Fui escrevendo e publiquei meus livros com dinheiro do próprio bolso, participei de inúmeros eventos literários, etc. e etc..
Além de algumas entrevistas ao Portal P2, já fizemos em parceria (APLA/PortalP2) um evento intitulado “Andanças Literárias”, originalmente pensado e proposto para nós pelo advogado e escritor pertencente à ALLMA (Academia de Letras e Línguas Nativas Altoenses) Marcondes Araújo (com raízes pedro-segundenses).
Pedro II na veia
Sem bairrismos, mas certamente o município de Pedro II é realmente um dos mais pujantes no contexto cultural piauiense ao longo das décadas. Ao sediar o Festival de Inverno de Pedro II (eu estava lá quando ele foi criado em 2004, governo Dr. Carlos Braga), e antes desse, o FEMUPOK - Festival de Música e Poesia Kolping – que tinha no timão o professor Afonso Celso, esse mesmo município voltará a realizar a partir de 2024 o SALIP2 (Salão do Livro de Pedro II).
E o que dizer dos Festejos de Nossa Senhora da Conceição? Nosso maior evento religioso! Mas também um evento social e cultural ao mesmo tempo.
O rico carnaval pedro-segundense de tempos idos (blocos e até escolas de samba (Sergino Castro, Dr. Humberto Cordeiro, dentre tantos outros e outras). Vamos parando por aqui com as citações porque não há espaço suficiente. Voltaremos ao tema.
PEDRO II de novo
Criado oficialmente em 1854, o município de Pedro II, quando começamos a estudá-lo profundamente, surge como um evento geográfico, histórico, ecológico e cultural quase único no estado do Piauí. Iremos tratar disso em profundidade nas próximas edições de nossa coluna.
Não bastasse a temperatura amena, a altitude acima da média do estado, uma vegetação diversificada, uma fauna igualmente, paisagens naturais deslumbrantes (está ao sopé da Serra da Ibiapaba, não nos esqueçamos disso). Não bastasse tudo isso, e a sede do município está localizada exatamente entre quatro principais olhos d’água: Pirapora, Bananeira, Pimenta e Buritizinho.
Desde pelo menos a década de 1910 até nossos dias, ao longo de gerações, pessoas têm produzido cultura e arte de forma contínua e diversificada (cordel, pintura, teatro, artesanato diverso, literatura, etc.).
Pois é sobre tudo isso e muito mais de que trataremos em nossa coluna. Ao agradecer mais uma vez o apoio recebido, esperamos contribuir como professor, poeta, escritor, mas sobretudo como pedro-segundense que ama essa terra. Terra que nas palavras do poeta popular e professor Vianinha (de saudosa memória): “não há melhor lugar no mundo do que Pedro II”.
ERNÂNI GETIRANA (@ernanigetirana) é professor, poeta e escritor. É autor de inúmeros livros, dentre eles “Debaixo da Figueira do Meu Avô”. É membro da APLA, ALVAL, UBE-PI e do IHGPI.
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